segunda-feira, 16 de abril de 2012

Migalhas

Sinto-me como Joãozinho e Maria
A tentar encontrar o rastro de migalhas
Migalhas estas, deixadas por ti
E encontrar novamente o caminho de volta
O desgaste é fato e o desânimo iminente
Mas a altura em que me encontro não é fácil seguir, nem voltar.
A escolha é dificil.
Decido seguir, e ao chegar encontro as migalhas que sumiram do caminho
Elas estão aos seus pés, mas percebo que já não posso viver delas
Decido então retornar ao caminho e vejo um rastro
Um rastro de mim
Sim, fiz a escolha errada e me deixei pelo caminho.

domingo, 15 de abril de 2012

As duas faces

Sei que não se importa
Quando ao sol fico a te ver
Vejo que não se convence
Com essas flores tão fusas, pra que?
E isso tudo é tão estranho
Esse amor rebuscado sem ter
O perfeito e o defeito agora
Estão tendo motivos pra não ter...

Pois amar é mais que isso
Se me atiro, me jogo e me arrisco
Entre o fogo e o gelo do mesmo amor
No calor da paixão e fulgor
Que me ergue a taça
É porque me vejo em teu amor
Abandonado e sem motivos pra crer
No sentido de tudo ao te perder. 

Sem razões

O amor não quer ter razão.
E como não quer ter razão,
Quer abraço, quer que abrace, quer que esqueça
Oque há de mais importante do que o sentir
Hoje eu não quero razão, até posso ser razoável
Ouvir e deixar você sair sem despedidas, eu não ligo
Seja por medo, descuido ou até mesmo desprezo
O que me interessa é viver sem razão, sem explicação
Os “porquês”? deixo para os céticos
E escolho a dúvida, pois só ela me dá o alcance necessário a amar…